Não posso falar do Svargya sem falar do Reiki nem de mim mesmo, porque desde que tenho lembrança, desde criança, sempre afirmei que o que os mestres que nos precederam fizeram, nós poderíamos fazer também. Aliás, desde a minha adolescência que experienciei a presença de Deus em mim e nos outros e através de mim e de outros que comigo estavam, foram operados autênticos prodígios e sinais de que realmente não somos os seres limitados que nos querem fazer crer que somos. Mas, apesar de tudo isto, ainda faltava um caminho a percorrer e este começou a tomar forma em 2003, tendo o seu maior desenvolvimento a partir dos finais de 2005, quando ouvi pela primeira vez a palavra Reiki.
Assim, em finais de 2005, tomei o meu primeiro contacto com o Reiki, através do meu amigo, mestre de Reiki Essencial na Cidade da Maia, Joaquim (Fernando) Silva, a quem sou eternamente grato por me ter permitido o acesso a esta grandiosa e magnífica bênção que é o Reiki.
Confesso que, após o Fernando me ter falado do Reiki, e apesar de ter adquirido livros e lido sobre o Reiki – fator este que me impulsionou ainda mais para fazer a minha iniciação – ainda sentia algum medo no dia da iniciação. Note-se que até ao dia da minha iniciação, nunca recebera um tratamento de Reiki, nem mesmo por curiosidade (o que, a meu ver, nunca será um bom motivo para se experienciar verdadeiramente o Reiki). Assim, tentando ultrapassar o medo do que esta iniciação poderia me acarretar, marquei a minha iniciação e esta realizou-se em 19 de Fevereiro de 2006.
Eu estava muito inquieto e o Fernando ao notar, deu-me um pouco de energia em alguns pontos, sobretudo ao nível dos chakras superiores, o que ajudou a que ficasse um pouco mais tranquilo.
Chegado o momento da sintonização, e logo que esta se iniciou, senti um grande Amor me envolvendo. Ao sentir todo este Amor, todo o medo e resistência desapareceram e fui completamente arrebatado para o plano espiritual. Perdi completamente a consciência do lugar onde estava e deixei-me transportar por aquele Amor que me levou literalmente a Casa. Foi um momento (para mim, porque todo o processo demorou mais de uma hora) absolutamente mágico. Tomei contacto com símbolos energéticos que mais tarde vim a saber, através do Fernando, que eram do II grau de Reiki.
Na minha iniciação tomei contacto com uma mulher, que eu desconhecia, cujas feições eram orientais. O Fernando também a viu e depois comentou comigo. Mais tarde verificamos que se tratava da Mestra Kwan Yin que estivera presente na minha iniciação e com quem sempre mantive e ainda mantenho uma grande relação de amor e de gratidão.
Logo no dia da iniciação comecei os meus 21 dias de autotratamento que acabaram por ser 40 dias consecutivos de cerca de 40 a 60 minutos de Reiki por dia e ainda meditação. O Fernando que me perdoe pela minha heterodoxia, que ele conhece, mas no decorrer de uma das minhas meditações e de autotratamento dei por mim a enviar Reiki para uma amiga que estava muito aflita. Eu mesmo não sabia, mas naquele momento ela me apareceu e me pediu e eu enviei. Note-se que eu tinha concluído o meu primeiro grau ainda não tinha decorrido um mês. No dia seguinte ela me aparece pessoalmente e conta-me o que lhe sucedera e como de repente toda aquela energia que a apoquentara começou a desaparecer.
Nesse mesmo período, dei Reiki a uma das minhas irmãs, e durante o tratamento ambos fomos levados a uma vida passada dela relacionada com a cura que estávamos a fazer. No dia seguinte ela manifestava sintomas de harmonização através de uma gripe súbita que rapidamente desapareceu.
Após a iniciação, eu, a Linda (que se iniciara no Reiki juntamente comigo no mesmo dia) e o Fernando fazíamos partilha de Reiki e meditação todos os Sábados à tarde. Começamos a fazer meditação para contacto com o Eu Superior e confesso que não foi tão difícil contactar o Eu Superior como eu inicialmente pensara. Logicamente, em casa eu punha em prática tudo o que aprendia nas partilhas e, dada a minha heterodoxia, não me deixava prender por limitações ou imposições que para mim não faziam sentido.
Inicialmente nestas meditações eu brincava e fazia viagens espirituais como meu Eu Superior. Estabelecemos uma relação de tal amor e cumplicidade que o meu Eu Superior começou a desvendar-me determinados “segredos” aos quais Ele achava que eu deveria e poderia ter acesso.
Foi então que numa meditação para o Eu Superior, em 18 de Março de 2006, apenas 28 dias após me iniciar no I Grau de Reiki, que o meu Eu Superior se apresentou e me levou numa viagem pelas dimensões superiores da realidade e me apresentou um símbolo energético. Mostrou-me como utilizá-lo, a sua função e a sua utilidade.
Nesse mesmo dia, quando o meu Eu Superior aplicou esse símbolo em mim, a minha aura se transformou; deixei de ser “o” azul elétrico (índigo) e passei a ser branco. O meu Eu Superior me disse que as pessoas mais próximas de mim iriam ser afetadas por esta alteração da minha aura e de facto isso aconteceu, embora uma dessas pessoas tenha afirmado que a sua vibração era violeta e que iria e queria que continuasse nessa vibração, e assim foi. Por algum motivo é que nos foi dado livre-arbítrio! Tudo isto foi confirmado através da radiestesia.
Trabalhei em mim com esse símbolo e comecei a utilizá-lo nos tratamentos de Reiki que fazia também a outras pessoas. A utilização deste símbolo permitiu que a minha consciência se expandisse ainda mais, e tivesse mais noção de quem realmente sou e do meu propósito. Eu ainda não sabia, mas este viria a ser o primeiro símbolo do Svargya.
Continuei o meu percurso no Reiki até que em 12 de Agosto de 2006 concluo o III Grau de Reiki, na vertente tradicional, com Sandra Ramos e Jorge A. Ramos. Eu trabalhava num centro de formação e o meu horário de saída era às 23 horas, dispunha de apenas uma hora para apanhar o autocarro para Lisboa para participar no curso e iniciação no dia seguinte às nove horas da manhã. Fiz toda a viagem acordado, porque não conseguia nem consigo dormir em transportes, mas isso não me impediu de estar fresco e atento e aproveitar ao máximo a bênção do III Grau de Reiki.
Dado que desde o primeiro dia nunca deixei de dar tratamentos a mim mesmo e a outras pessoas, e investigando mais sobre o Reiki, dei início à criação do meu manual de Reiki do I Grau mesmo antes de me iniciar no III grau. Desta forma, antes do final de Agosto de 2006 tinha já concluído o manual e iniciara um site, onde anunciava as terapias, e que esteve na origem do espaço que mantive até fins de 2011 – o Omshantih.
Devo referir que, logo que concluí o III grau, não tinha intenções de ensinar o Reiki antes de ter bem praticado o III grau, mas a minha filha surpreendeu-me ao dizer-me que queria que a iniciasse no Reiki, ela tinha apenas 14 anos e eu disse-lhe: “está bem, quando eu me sentir preparado eu inicio-te” a resposta dela foi “não, eu quero no próximo Domingo”. Fiquei meio sem jeito, mas acedi ao seu pedido e no Domingo seguinte dei o meu primeiro curso de Reiki que foi uma bênção par ambos. Ambos terminamos abraçados com as lágrimas e correrem-nos pela cara.
Em Setembro de 2006 senti vontade de participar num curso terapeutas de Regressão com Reiki dado por Sandra Ramos e Jorge A. Ramos, o qual foi para mim de autocura, desconhecendo ainda a importância deste curso nos meses seguintes e no que viria a ser o Svargya. Neste curso, pela primeira vez, tomei contacto comigo na minha forma ascensionada de quem recebi uma iniciação. Fiquei maravilhado, porque o que me levara a fazer este contacto era para saber se eu estava no “caminho certo”. A resposta desse meu ser ascensionado foi: “o que Eu Sou, devo-o a ti” e colocou-me as suas mãos sobre o meu chakra da coroa e recebi uma infusão de energia e de amor enorme. Fiquei feliz e pensei: “bem, daqui a algumas encarnações eu sou este ser”, não imaginava que seria ainda nesta mesma encarnação.
Ainda no decurso do segundo dia do curso recebi uma sintonização energética de Kwan Yin. Desconhecia que estas iniciações/sintonizações eram já o caminho do Svargya.
A partir de que iniciei a minha filha, comecei a anunciar cursos do I e do II grau de Reiki no meu site, mas eu sentia que fazê-lo em casa não era o mais adequado para mim, então aluguei uma pequena sala no Porto, retirando o dinheiro do meu pequeno salário, sem questionar se me iria fazer falta. A verdade é que nunca fez, porque começaram a surgir pessoas para se iniciarem no Reiki e para terapias de forma que cobriam os custos com o espaço.
Só quando senti que adquiri alguma experiência com o ensino do Reiki é que me senti preparado para iniciar mestres e professores, até aí, só facilitava cursos do I e do II grau.
Parece que desde Abril até Outubro, nada de especial acontecera em relação ao que viria a ser o Svargya. Eu desconhecia as “voltas” que estava a dar e o seu propósito, e era necessário eu concluir todos aqueles processos e de adquirir alguma estabilidade a nível energético para que fosse retomado mais em força o que fora iniciado em Abril.
Assim, no início de Outubro, tinha aberto o meu espaço há menos de um mês, recebo um telefonema de uma pessoa, que para salvaguardar a sua identidade, vou chamá-la de Maria, a perguntar-me se o Reiki cura o cancro. Fiquei embasbacado, mas a resposta que me saiu foi: “sim”, mas que tudo dependia do propósito do doente e da doença e da vontade do doente. Então a Maria pediu para marcar uma consulta para o seu filho, um jovem que teria entre 18 a 20 anos de idade. Senti uma enorme compaixão naquele momento por aquele jovem, ainda que não o conhecesse.
Compareceram à consulta o jovem, que vamos lhe chamar de João, o pai e a Maria. O João sofria de um cancro do testículo. Já tinha sido submetido a cirurgia, a qual pareceu ter resultado, mas naqueles dias fora-lhe diagnosticado que o mesmo voltara e estava já a metastizar-se para outros órgãos. A Maria referiu que queria que fossem dados tratamentos ao João, porque ele iria ser submetido a cirurgias na Holanda a fim de lhe serem retiradas as metástases e removido o cancro que voltara a surgir.
Depois de conversarmos sobre o que é o Reiki e como funciona, eles pediram para fazer terapias diárias com Reiki, não importava o custo que isso implicasse. A mim, isso não me pareceu o mais adequado, então sugeri que o João se iniciasse no Reiki e que fizesse autotratamentos diários os quais eu teria todo o gosto em acompanhar e, se fosse necessário, proporcionar alguma terapia adicional. Desta forma, seria bem menos oneroso para eles em termos financeiros. O João concordou e a Maria disse que queria iniciar-se também. Inscreveram-se no curso do I grau que iria realizar-se a 15 de Outubro. Nem a Maria, o João ou o seu pai receberam Reiki, nem como tratamento ou para sentirem a energia. Eu desconhecia ainda o que iria acontecer, que eu jamais iria dar um tratamento presencial a qualquer um deles.
Todo o curso foi uma bênção, desde a parte teórica à prática, passando pelas sintonizações. No final, mesmo antes de sair, a Maria diz-me que é médica num dos hospitais do Porto e que esteve bem atenta a tudo o que falei e que não errara em nada do que dizia respeito à fisiologia humana. Fiquei surpreso pelos dois factos: por me ter contado somente no final e por me ter estado a avaliar. Disse-lhe que dada a minha formação em psicologia, tinha formação em fisiologia humana e psicofisiologia. Se não a tivesse, jamais me arriscaria a falar do que desconheço.
Passaram-se alguns dias, o João fazia os seus tratamentos e recebia tratamentos da sua mãe, a Maria. Até ao dia de hoje, jamais dei um tratamento ao João ou à Maria, graças ao Svargya. Graças ao João e à Maria, o Svargya iria manifestar-se ainda esse ano.
Assim, o João foi para a Holanda e foi internado num hospital, cujo nome não vou revelar, a fim de manter sigilo quanto à verdadeira identidade do João e da Maria. No entanto, tudo o que aqui relato está devidamente documentado pela Maria que, no final de todo o processo, fez questão de me presentear com um álbum de fotografias de todo o processo pelo qual o João passou.
Quando o João foi visto pelos médicos holandeses a situação mostrava-se mais grave do que o João ou a Maria pensavam. Segundo os médicos, não havia grande probabilidade de sucesso das cirurgias. Praticamente e de forma subtil desenganaram a Maria quanto à cura do João.
A Maria ficou desesperada e telefonou-me a pôr-me a par da situação do João. Eu propus-lhe iniciá-la no II grau a fim de que pudesse enviar Reiki à distância ao João, dado que ele estava numa enfermaria com acesso muito restrito. Ela concordou e eu iniciei ambos, à distância, no II grau de Reiki. Ela aproveitou para me pedir que enviasse Reiki à distância para a ajudar e ajudar o João neste processo. Eu concordei e foi aí que tudo começou. Foi aí que o Svargya começou emergir da Luz.
Falei a alguns dos meus alunos mais próximos o que se estava a passar e se queriam trabalhar comigo no envio de Reiki para o João. Eles aceitaram, tendo-se juntado mais tarde a Kalam Mahahara Ohoyo. Assim, determinamos que todos os dias à meia-noite, cada um a partir de sua casa, nos juntaríamos em meditação para enviar Reiki para o João. Mas o feedback da Maria não era o melhor. O João não melhorava e os médicos estavam a ficar desesperados e sem quaisquer perspetivas de que o João regressasse vivo a Portugal.
Entretanto continuava com as minhas meditações, especialmente para o Eu Superior, e numa dessas meditações eu questionei-me sobre o nome do meu Eu Superior. Então disse-lhe que todos os seres devem ter um nome pelo qual são identificados e perguntei-lhe qual seria o nome dela (sim, dela, porque o meu Eu Superior apresentava-se sob o género feminino, vindo eu mais tarde a saber que os Eus Superiores apresentam-se com o género oposto ao da personalidade encarnada). Quando a questionei, ela sorriu e fez-me um sinal negativo com o seu dedo indicador, disse-me: “agora, não!” e ausentou-se.
Cerca de uma semana mais tarde, em tom mais humilde e com amor genuíno pelo meu Eu Superior, perguntei-lhe: “e hoje dizes-me qual é o teu nome? Porque tu e eu somos um e eu sinto que sou mais do que aquilo que acho que sou…”. Ela sorriu com imensa alegria e estendeu a sua mão e disse: “Lahan… Al-Ramaa Lahan!” e naquele momento emergiu o mestre que me aparecera no curso de Regressão com Reiki, o meu eu ascensionado. Foi a última vez que vi o meu Eu Superior. Desse dia em diante até à minha ascensão e fusão plena com aquele mestre em 7 de Maio de 2008, sempre vi aquele mestre nas minhas meditações e não mais o meu Eu Superior. O mais curioso é que, a partir desse dia de Novembro, essa começou a ser a forma na qual me apresentava sempre, mesmo nos envios de Reiki à distância para o João, os meus alunos que comigo trabalhavam, começaram a ver-me com aquela fisionomia, que, embora sendo diferente, sabiam que era eu que estava ali.
Foi então que, à parte destes tratamentos à distância, nas minhas meditações, comecei a questionar o meu ser ascensionado sobre a cura e as respostas começariam a surgir, não de imediato, mas quando foram necessárias.
Entretanto, os tratamentos do João à distância continuavam, mas um dia, estando eu no meu trabalho, recebi um telefonema da Maria. Estava desesperada, porque o João tivera uma recaída grave. Nesse momento fiz a minha primeira bilocação consciente. Vi-me envolvido numa energia enorme, dourada e platinada, que me levou à enfermaria onde estava o João. Nesse momento disse à Maria, pelo telefone: “diga ao João que eu estou a cabeceira da sua cama, do lado esquerdo dele”. Mesmo antes de o dizer, a Maria viu o João olhar para o seu lado esquerdo e sorrir. Fiz o propósito de me manter ali bilocado – a bilocação manteve-se até ao dia que o João saiu do hospital – a amparar o João, que durante alguns dias se manteve em estado estacionário, mas sem cura efetiva. Um dos meus alunos, que trabalhava comigo, viu-me ao telefone e perguntou-me o que acontecera e eu contei-lhe. Ele disse-me que estava estupefacto a olhar para mim, porque a minha fisionomia e a minha voz se transformaram completamente durante alguns momentos.
Apesar de tudo isto, o João acabou por piorar. Por altura do Natal de 2006, a Maria telefona-me mais uma vez, chorando, dizendo que o João fora submetido a cirurgia para remoção de metástases nos pulmões e que entrara em coma. Estava com ventilação assistida, tendo já um dos seus lados do corpo frio e paralisado. Os médicos disseram à Maria que nada mais havia a fazer que era só uma questão de tempo.
Nesse momento uma grande tristeza veio a mim. Nessa noite, na minha meditação questionei o Mestre Yehoshua (t.c.c. Sananda, Yeshua, Jesus) sobre como ele fazia as suas curas. Ele me disse: “amanhã saberás” e ausentou-se com uma paz e um sorriso enorme, como se tudo o que estivesse acontecendo não tivesse qualquer importância. Continuei com a minha meditação e nesse momento fui levado à Holanda e tomei o Eu Superior do João pela mão e levei-o numa viagem, desconhecendo ainda que o rumo dessa viagem estaria associado aos acontecimentos do dia seguinte. Esta viagem, foi a precursora do que são as Sintonias Inter e Multidimensionais do Svargya.
No primeiro contacto que tive com o Eu Superior do João este estava completamente encolhido dizendo que não havia nada a fazer. Estava num lugar desolado, sem luz e sem qualquer beleza, tudo queimado pelo fogo e deserto. Eu falei-lhe que tudo é possível, basta Ele querer. Pedi-lhe que me mostrasse o que estava na origem da doença do João. Então o Eu Superior do João me levou a uma vida passada deste em que o João era uma menina de cerca 10 a 12 anos e estava a ser violada por um homem já bastante maduro. O seu rosto era de dor e de aflição. Fiquei compungido e senti uma enorme compaixão daquela menina. Perguntei-lhe: “ainda há mais alguma coisa que me queiras mostrar?”. Então levou-me a outra vida do João em que este era um jovem indígena de cerca 15 anos e estava no decurso de um ritual em que lhe eram mutilados os genitais como parte desse ritual e de significado de entrada na vida adulta. Era um ritual necessário para ser aceite na sua comunidade. Era grande o medo e a dor que ele emanava. Naquele momento enviei luz e amor para aqueles dois seres: a menina e o jovem indígena.
Regressamos e disse ao Eu Superior do João: “vou construir-te um lugar onde tenhas prazer e alegria em estares”. Assim fiz, transformei todo aquele lugar deserto e queimado numa grande, verdejante, florida e arborizada planície. Fiz a luz voltar e o Eu Superior do João começou a dançar e a pular por todos os lugares. Terminei a meditação com um misto de contentamento, pela alegria do Eu Superior do João, e de pesar pelos acontecimentos que marcaram o João naquelas vidas passadas.
Logo pela manhã, a primeira coisa que fiz foi sair de casa. Deixei-me guiar pela minha intuição. Entrei no hipermercado do Jumbo da Maia e dirigi-me à área de venda de livros. Houve um livro que me atraiu a atenção, cujo título e autor não memorizei, sei que tinha uma capa azul escura. Peguei no livro e abri-o à sorte. Os meus olhos foram levados para a seguinte frase: “quando fores fazer uma cura, não peças para que a cura aconteça. Agradece com alegria a cura realizada antes mesmo de ela acontecer”. Senti um enorme fluxo de energia no meu chakra cardíaco e naquele mesmo momento lembrei-me das palavras de Yehoshua: “amanhã saberás”. Pousei o livro e saí do hipermercado rumo a casa, com uma alegria invulgar, apesar de saber do estado do João.
Nessa mesma manhã, acabara eu de regressar do hipermercado, a Maria telefona-me dizendo que um milagre ocorrera e que os médicos não o sabiam explicar. O João acordara do coma, estava quente e a paralisia desaparecera, apesar de ainda necessitar de ventilação assistida. Fiquei feliz com a notícia, mas sabia que a cura efetivamente ainda não acontecera.
Estava tudo pronto para que o Svargya aparecesse, sendo que nos últimos dias de 2006, o Svargya definitivamente manifestar-se-ia, primeiro surgiram as técnicas: as Sintonias Inter e Multidimensionais, que foi o que fizera com o João naquela viagem com o seu Eu Superior, e a Cura Inter e Multidimensional e os símbolos energéticos, que juntamente com as Sintonias, proporcionaram a cura do João.
A partir de Dezembro de 2006, praticamente só eu, a Kalam, e mais dois alunos fazíamos os tratamentos à distância do João. Eu sempre me via a pegar no João e a levá-lo a dimensões superiores da realidade, a tal ponto que no final dos tratamentos, os que comigo trabalhavam diziam que estavam com o João, mas que de repente ele desaparecia, mas mesmo assim continuavam com o tratamento. Foi quando lhes expliquei o que estava a acontecer, que intuitivamente o levava à sétima dimensão da realidade, onde tudo era energia pura, que o colocava numa enfermaria, deitava-o numa cama. Tudo era branco. Comigo estavam alguns Mestres, dos quais Yeoshua, a quem algumas vezes pedi ajuda. Numa das vezes a sua resposta foi “faz tu, porque tu sabes como se faz e tu és capaz”. Num outro momento, em que lhe pedi ajuda, porque o João tivera uma paragem cardiorrespiratória durante o tratamento e eu tive medo, Yehoshua, sorrindo, aproximou-se do João, colocou as suas mãos sobre o seu chakra cardíaco e vi uma grande luz sair das suas mãos e o coração do João voltou a funcionar. Foi algo rápido e Yehoshua afastou-se para trás de mim e disse-me sorrindo: “agora continua tu”.
A partir daqui, alguns dos que comigo trabalhavam também conseguiam apresentar-se na mesma dimensão em que eu trabalhava e trabalhávamos em conjunto.
Durante estas sessões de cura, via-me a utilizar cores e luzes de diferentes cores e espectros, a entoar sons e melodias durante os tratamentos. Via que determinados chakras reagiam a determinados sons e frequências de som e de luz. Vi-me a fazer cirurgias de remoção do que seriam metástases e a reconstruir os órgãos afetados. Tudo isto faz parte da Cura Inter e Multidimensional do Svargya.
No início de Janeiro de 2007 a Maria telefona-me dizendo que o João já não precisava de ventilação assistida. Ela contou-me que os médicos falaram com ela, e como ela era médica, falaram-lhe abertamente dizendo: “um anjo esteve com o João este tempo todo. Tudo o que aconteceu com ele desde que ele entrou aqui é inexplicável. O facto mais inexplicável é que os seus pulmões voltaram a crescer e ficaram normais. Nenhum órgão, depois de ser removido parte dele, volta a crescer e a ficar normal. Se há milagres, isto é um.”.
Fiquei feliz com as notícias, mas continuamos com tratamentos até ao início de Abril de 2007, que foi quando o João abandonou o hospital, pelo seu próprio pé, regressando a Portugal e, mais tarde, retomando a sua vida normal.
Entretanto, nesse mesmo mês de Janeiro, o Svargya começa a tomar a sua forma. Em 28 de Janeiro facilitei um dos II graus de Reiki mais memoráveis que já tive. A sala era pequenina, pelo que não fazia iniciações a mais do que 3, no máximo 4 pessoas. Mas para aquela iniciação apareceram sete pessoas, inclusivamente uma amiga de um meu aluno, vinda de Lisboa, para serem iniciadas, e, apesar de eu dizer que em termos de espaço não seria o mais adequado, as pessoas não queriam saber, queriam mesmo estar naquela iniciação. Além dos alunos presentes, estavam ainda a assistir a Laïs, minha filha, a Kalam, minha companheira, e o meu aluno em cuja casa eu estava a morar. Questionei a minha filha, que ainda tinha só o primeiro grau, se queria ser iniciada no segundo. A sua resposta foi que ainda não estava preparada. Eu fiquei tranquilo, porque sabia que as coisas são mesmo assim, que, nesta matéria, só devemos dar os passos quando sentimos o chamamento para serem dados.
Chegada a hora do almoço, a minha filha aproxima-se de mim e diz-me: “Na meditação que fizemos de manhã, Kwan Yin pediu-me para te entregar isto.”. Coloca-me dois cristais nos bolsos, um cristal de quartzo transparente e um cristal de quartzo rosa, um em cada bolso das calças, e entrega-me um papel com um símbolo desenhado, com o seu mantra “Al Ramaa Lahan” e com a seguinte frase “tudo o que tu queres e quiseres tu consegues, fá-lo com convicção”.
Quando mais tarde investiguei sobre o significado do nome Al-Ramaa Lahan, verifiquei que o seu significado é o que estava escrito no papel e ainda “aquele que cria brincando e que brinca criando”, isto é, aquele que consegue criar sem dificuldade, porque tem convicção no que faz.
Nessa mesma meditação, Kwan Yin mostrou a Kalam o que é hoje o símbolo e logótipo do Svargya, o qual foi desenhado, na sua forma atual, em 2009 por Marco Fernandes, um dos nossos alunos de Svargya.
Nesse mesmo final da tarde, a minha filha diz-me: “pai, estou pronta para o segundo grau”. As lágrimas corriam-me pela cara, quando a iniciei a ela e a uma outra jovem, vamos chamar-lhe Joana, da mesma idade da Laïs. Jamais esquecerei esta infusão de amor vinda do Espírito e de gratidão vinda destas duas velhas almas em corpos jovens.
Regressei a casa, nessa altura vivia em casa de um dos meus alunos. Tinha-lhe alugado um dos quartos que ele tinha disponível na sua casa. Todos regressamos com uma enorme alegria.
Eram cerca das 20:30 horas quando a amiga desse meu aluno e se aproxima de mim e me diz em voz baixa: “está na hora”. Olhei-a, sem saber como nem porquê, levantei-me do sofá e dirigi-me a um dos quartos da casa. Fechei a porta e sentei-me na borda da cama. Fechei os meus olhos e imediatamente entrei em meditação. Naquele momento apresentou-se à minha frente a Mestra Kwan Yin e atrás de mim o Mestre Sananda/Jesus. Sananda colocou as suas mãos sobre a minha cabeça e Kwan Yin colocara uma enorme bola de luz dourada nas minhas mãos. Nesse momento todo o meu ser foi possuído por aquela energia. Da minha boca começaram a ser proferidos mantras e palavras de poder em sânscrito, árabe, aramaico e judaico – que mais tarde vim a saber são consideradas línguas sagradas, com uma voz, que segundo os que estavam em casa, transmitia poder e fazia estremecer a qualquer um.
Foi tal a energia, que deixei de sentir o meu corpo, principalmente as minhas mãos. Durante aquela iniciação, um telemóvel, numa das divisões ao lado, começou a tocar e eu senti que era para perturbar todo aquele momento. Então em pensamento disse: “cala-te!” e naquele momento a chamada caiu. A pessoa que estava do outro lado continuou a tentar ligar, mas, segundo contou ela depois, entrava direto no voice-mail apesar do telemóvel continuar ligado. Nesse momento estava recebendo a minha quarta iniciação no Svargya, dado que, mais tarde compreendi que a primeira recebera-a do meu Eu Superior com o primeiro símbolo; a segunda do meu eu ascensionado no curso de Regressão com Reiki; a terceira de Kwan Yin no curso de Regressão com Reiki.
No final, saí do quarto com as lágrimas a correrem-me pela cara e só dizia: “não sinto as minhas mãos! Não sinto as minhas mãos!”. A verdade é que, mesmo agitando as mãos, eram como se fossem ar, agora compreendo que eram energia, apesar de ver a sua forma física, as minhas mãos eram somente energia.
Nessa mesma noite três sinais aconteceram de confirmação da energia recebida e do seu poder. O primeiro foi este: a amiga desse meu aluno com quem partilhava a casa, a que me falara que estava na hora, teve um súbito ataque cardiorrespiratório, quando lhe coloquei as mãos conforme vi Yehoshua fazer com o João, imediatamente parou e ela levantou-se como se nada tivesse acontecido.
O segundo ocorreu quando fomos jantar. Eu não sou apreciador de álcool, mas naquele dia desejei vinho para a refeição. Era Domingo e era já tarde, não havia possibilidade de comprar vinho aquela hora. Havia somente um pacote de vinho, daqueles semelhantes aos pacotes de leite em cartão, que utilizávamos para cozinhar. Eu simplesmente entornei o vinho para um jarro e coloquei alguns segundos as minhas mãos sobre ele. Foi o melhor vinho tinto que bebi até hoje. Todos ficaram admirados e maravilhados com aquele vinho. Isto voltei a fazer muitas vezes mais tarde, quando era mesmo necessário.
O terceiro foi a comprovação da Cura Inter e Multidimensional ao nível físico, quando o esse meu aluno com quem jantávamos se queixou de uma dor aguda nas costas. Quando passei a mãos sobre a zona que ele se queixava, senti algo ali espetado. Simplesmente utilizando o que aprendi durante os tratamentos do João, removi e recompus aquela área. Na hora tudo ficou bem.
Três dias depois, em meditação recebo uma nova iniciação, desta vez, fui arrebatado e levado, por um túnel de luz, a uma Luz que, para mim, era um Sol. Dessa Luz emergiu um Ser, que era só Luz, não tinha forma, o qual me envolveu e fez entrar pelo meu chakra da coroa dois feixes de luz, semelhantes a platina e ouro. Mais tarde, através de meditações fiquei a saber que este ser é o Mahatma, um ser que concluiu todo o seu caminho evolutivo e, juntamente com o Arcanjo Metatron, é um dos seres mais próximos da Fonte Única. Nesta iniciação recebi o símbolo correspondente ao antigo IV Grau de Svargya (atual III Grau). Uma chave energética poderosa.
Quando terminei a meditação, a minha cabeça tinha sofrido alterações morfológicas. Eu usava o cabelo muito muito curto, de forma que a primeira pessoa que me apareceu à frente depois da meditação disse-me: “tens a cabeça em bico”. Passei a mão pela cabeça e era um facto: a minha cabeça fazia um alto ao centro, ao longo de todo o topo da cabeça e o meu lado direito do crânio também estava mais saliente do que o esquerdo. Isto ainda hoje se nota e se sente, apesar de o resto do crânio se ter vindo a alterar e a adquirir uma nova forma mais ou menos homogénea.
A partir daqui, os símbolos começaram a ser manifestos em meditação e os seus mantras surgiam espontaneamente no primeiro contacto com a energia do símbolo.
Somente o quinto símbolo do Svargya não consegui memorizar, dado que estava numa dimensão da realidade em que era difícil manter a consciência. Apenas me lembrava de uma parte do símbolo, mas não dele na sua totalidade. Foi então que pela Páscoa desse ano, a Laïs estava com um ataque de alergia que lhe afetava as vias respiratórias e eu sentia enorme compaixão pelo seu estado, mas parece que nada estava a resultar. Então eu senti que era esse símbolo que eu não memorizara que estava faltando para ser aplicado. Subitamente, mesmo diante de mim, a Laïs começa a desenhar numa folha, e eu reconheço de imediato o símbolo, porque reconheci a parte de que me lembrava. No final, quando ele estava completo, ela escreve o mantra: “Kalam-Mahahara”. A coincidência é que o nome da minha companheira na altura era Kalam Mahahara Ohoyo. Nesse momento apliquei-lhe o símbolo na área em que ele é mais adequado – o chakra da garganta – e foi apenas uma questão de minutos para a alergia começar a dissipar-se.
Recebi depois outro símbolo, correspondente ao II Grau de Svargya e a sua forma de utilização das mãos de Kwan Yin, e o símbolo correspondente ao III Grau de Svargya mais uma vez através do Mahatma.
Note-se que os símbolos cujos mantras são Al-Ramaa Lahan e Kalam Mahahara não me foram manifestos a mim. Isto porque nesta altura, eu ainda não acreditava o suficiente em mim para acreditar que estes símbolos provinham do Espírito e não do meu ego. Porque se me tivessem sido manifestos a mim, provavelmente eu iria desprezá-los dizendo que era o meu ego que queria sobressair.
A meio do ano de 2007 o Svargya estava completo, apenas surgiram algumas técnicas e formas de utilização suplementares através da minha prática e da prática da Kalam Mahahara Ohoyo, e de uma nossa aluna de Reiki, que foi das primeiras, além da Kalam, a ser iniciada em Svargya.
Estas técnicas são a Cerimónia Aloha, as Pirâmides de Svargya, o Selo do Céu na Terra e o Tratamento Completo de Svargya.
Sentindo o poder enorme desta energia, desconhecia o seu nome, mas sabia e sentia que era verdadeiramente diferente do Reiki. Então restava-me encontrar um nome para esta energia. Assim, no final de uma meditação com o Mahatma, estava a navegar na internet e de repente e nem sabendo como, apareceu-me uma página com nomes em sânscrito. No topo dessa página estava escrito “Svargya” e sua tradução em inglês: “as bênçãos que conduzem aos céus”, “celestial”, “fogo celestial ou fogo do Céu”, “assegurando as bênçãos celestiais” e “habitando o Céu”. Nesse momento ouvi uma voz: “eis o nome!”. Ainda tentei chamar-lhe “Svargya Reiki”, mas não sentia ligação com a energia da mesma forma que quando lhe chamava somente “Svargya”, porque não era esse o nome que me tinha sido dito, mas simplesmente “Svargya”. Então ficou simplesmente “Svargya” (diz-se “svarguia“).
Svargya ficou um ano sendo apenas do conhecimento dos mais próximos e utilizado sobretudo por mim e por Kalam, até que em 08.08.2008, os mestres ascensionados do plano interior me fizeram saber que tudo o que recebera não era para mim, mas para todos quantos o quiserem receber. Que tudo estava concluído em relação ao Svargya, e que já praticara o suficiente para o poder ensinar.
Assim, desde esse dia já foram iniciadas muitas pessoas nos dois primeiros graus de Svargya e algumas no terceiro grau. Tendo muitos dos praticantes muitas coisas a contarem sobre as maravilhas do Svargya. Talvez não o partilhem, porque eu mesmo não o partilhei publicamente até hoje, apesar de já ter recebido a informação de que o deveria fazer.
Sou grato ao João por ter-se disposto a passar por tudo isto nesta encarnação a fim de que o Svargya fosse manifesto. Sou grato a Deus(a) por me permitir experienciar e partilhar esta bênção com os meus irmãos neste planeta.
Al-Ramaa Lahan
Em 2016 Svargya e o seu logótipo foram registados como marca, passando a ser exibido como Svargya®.
Em 2017 o Svargya® teve uma atualização para um nível ainda mais elevado: o Akasha Svargya – Multidimensional Air of Spirit.